sábado, 12 de julho de 2014

Um caminho chamado eu

Depois de um tempo você percebe que pensamentos, mudam, olhares mudam, e a visão que você tinha das pessoas ou do mundo, ficam completamente diferentes. Você se torna cética e talvez lá no fundo, assistir determinadas coisas ao acaso te irritem. Não é que eu esteja falando sobre um coração partido, ou sobre a dor de uma traição. Não é nada disso. Estou citando sentimentos em modo geral. Quero dizer, em algum momento você parou no tempo olhou para sua vida e se perguntou o que estava fazendo ou o que estava acontecendo com ela?
Perdemos pessoas a todo momento e as vezes esses espaços vazios acabam sendo substituídos, por coisas que utilizamos para passar o tempo ou simplesmente para disfarça a dor. Seja arrumar a bagunça de um quarto, ouvir toda a discografia daquela sua banda preferida, ler aquele livro que estava a tanto tempo empoeirado na prateleira, tomar novos caminhos na vida para ver até onde consegue chegar. 
As vezes você se pergunta... E se eu tivesse feito algo a mais? Sei lá, sorrido mais, ter dito Bom Dia com mais frequência, andado de mãos dadas com aquela pessoa importante, ter devorado aquele sorvete com uma paixão de criança, tomado decisões completamente contrárias para o rumo da minha vida... Não é que eu esteja reclamando dela. Mas, e se eu tivesse feito um caminho totalmente diferente... O que iria mudar? Que pessoas iria conhecer? Será que eu estou no lugar onde eu deveria estar? O que esperar do futuro? Medos e mais incertezas? Caminhos cruzados? 
Porque a vida continua cheia de interrogações e nunca há pontos finais? Quantas coisas mais eu haverei de descobrir? E se esse não for o meu caminho? Devo retornar e refazer um novo trajeto? O que poderia acontecer se de repente eu seguisse uma outra direção ou fosse carregada pelo vento?
No momento estou tão confusa sobre várias coisas. Talvez meu lugar não seja aqui, talvez minha bagunça esteja parada no caminho errado, talvez lá na frente existam outras opções. Eu não quero desistir agora, mas em algum momento da minha vida, gostaria de que as interrogações parassem e surgisse um lugar na qual eu pertença.